O poder da visualização criativa segundo Ophiel
De todos esses anos de agitação e muitas buscas surgiu algo
para você! Eu descobri que as pessoas, todas elas, têm certos poderes
definidos; poderes dos quais geralmente não tem consciência, poderes que parecem
quase divinos.
De agora em diante, o seu objetivo na vida deveria ser a
descoberta e o desenvolvimento dos seus poderes pessoais, em seu próprio
benefício, para lhe proporcionar felicidade, lucidez e iluminação.
Apresentarei a você um conhecimento prático sobre um de seus
poderes: a visualização criativa.
Se você parar, analisar, examinar e considerar, descobrirá
que nossa existência física consiste quase inteiramente em “coisas” que
acontecem na nossa vida pessoal. Essas coisas são de dois tipos ou espécies. O
primeiro tipo são eventos circunstanciais mentais-emocionais; e o outro tipo é
material. Como estudioso, você precisa profundamente interessado no modus
operandi de seu poder mental de criar –gerar –visualizar imagens, e em todas
suas ramificações. Precisa também analisar como o desenvolvimento desses
poderes afeta sua vida pessoal, com ênfase na ideia de conquistar a matéria
física aprendendo a controlá-la, assim como atrair coisas materiais que lhe
parecem necessárias para sua felicidade e seu bem-estar no plano físico.
Não tenha medo de fazer isso. Experiências com visualização
criativa não são nenhuma novidade no processo evolucionário humano. Há
incontáveis eras, nossos ancestrais das cavernas conseguiam atrair coisas ou
circunstâncias para sua vida por meio de vários tipos de visualização criativa,
combinados naturalmente com inúmeros tipos de expedientes, tanto físicos como
mentais, para ajudar no trabalho de visualização criativa.
Como você sabe, a visualização criativa dos nossos
ancestrais da Idade da Pedra consistia no desenho de figuras nas paredes das
cavernas; figuras essas que os mostram em caçadas bem sucedidas e defendendo-se
com êxito de seus inimigos. Essas visualizações criativas devem ter dado certo,
pois eles sobreviveram, e o fato de estarmos aqui é um resultado disso!
Também há incontáveis eras, os seres humanos têm apelado
para supostos poderes superiores no intuito de atrair circunstâncias
favoráveis. Supõe-se que esses poderes superiores estejam “fora” de nós.
Existem poderes “fora” de nós, mas não trataremos desses poderes externos,
chamados de Deus ou Deuses. Tudo o que quero fazer aqui é desviar sua atenção
para os seus poderes latentes, esses poderes que você tem agora. Vou repetir:
todos vocês têm poderes que, usados corretamente, são capazes de criar as
circunstâncias favoráveis para o seu ser físico. Um desses poderes é a
visualização criativa.
Não se preocupe em aprender a usar com perfeição as leis que
regem esses poderes. Se aprender a usar as leis e usá-las da melhor forma
possível, elas funcionarão; talvez um pouco devagar, mas funcionarão. Lembre-se
de que todas as coisas que tem agora, coisas que não queria, você as atraiu por
meio inconsciente do uso dessas leis, sem terá nenhuma prática especial.
Não tenha medo de usá-las. Essas leis, a personificação de
seus poderes, são tão parte de você quanto a sua própria vida. Não há nada
errado em fazer uso delas. O único erro está em não usá-las e deixar que a vida
física o faça infeliz.
Agora vá. Crie a vida que você quer.
A Arte e a Prática da
Visualização Criativa
Milhões de seres humanos sofrem com os “golpes impiedosos do
destino atroz”, sem saber que todos nós temos muitos poderes que, usados
corretamente, permite que controlemos grande parte da nossa existência física
material, livrando-nos de muitos problemas. Um dos poderes desconhecidos e não
utilizados que temos é o poder da visualização criativa.
Visualização criativa
é o nome de uma operação mágica por meio da qual criamos no “olho da mente” ou
na imaginação a imagem-ideia de uma coisa ou circunstância, ou de algumas
circunstâncias que supomos ser convenientes para o conforto da nossa vida
física e que contribuiriam para o nosso bem-estar material. Esse bem-estar
geralmente é chamado de felicidade.
Depois da criação bem-sucedida dessa imagem mental, ela se
tornará real e fará parte da nossa vida cotidiana.
Muitos livros já foram publicados descrevendo esse processo
mágico. A visualização criativa tem recebido muitos nomes, mas todos significam
a mesma coisa. Foi chamada de “pedir a Deus o pão nosso de cada dia”, ou de
“criar as circunstâncias conscientemente”, ou de “Sete Etapas”, como é chamada
em uma escola de pensamento.
No entanto, é minha intenção aprofundar-me muito mais nesse
assunto. Pretendo proporcionar a você todo o conhecimento e informações
necessárias que o levem a entender, usar e praticar com desenvoltura a grande
arte da visualização criativa.
E faço isso com a sincera esperança de que você será capaz
de usar essa arte com tal maestria, que se tornará uma pessoa realizada.
Antes de passarmos ao
estudo do sistema de visualização criativa, acho que devemos parar e fazer uma
pergunta importante: É possível que um sistema de visualização criativa
realmente dê resultados?
Supondo que a
resposta seja “sim”, então outras indagações se apresentam, são elas: Como esse sistema funciona? Funciona para
coisas grandes ou só para coisas pequenas? O que é de fato verdade com relação
a esse assunto?
Podemos iniciar nossas considerações a respeito da
viabilidade de um sistema de visualização criativa dando ênfase a um antigo
provérbio: “Onde há fumaça, há fogo”. Por um lado, em nossa vida material
geralmente percebemos que, se uma ideia existe, mesmo sendo supersticiosa e
simplória, há sempre algum tipo de verdade por trás dela. Portanto, podemos
pensar que, se um sistema de visualização mental criativa não tivesse
absolutamente nada por trás, a ideia de tal possibilidade não teria nem sequer
existido.
Naturalmente, por outro lado, existe outro provérbio antigo
que diz: “Se desejo fosse cavalo, pobre andaria montado”. Isso dá certo peso à
ideia contrária de que sistemas de visualização não funcionam.
Se um processo tão simples – em que basta visualizar o que se
deseja para que isso aconteça – funcionasse facilmente, então haveria um
contra-senso! Se isso fosse verdade, não haveria pobres no mundo, nem
infelicidade, se essa dependesse da disponibilidade material de coisas físicas
que poderíamos tão-somente visualizar e conseguir. Aparentemente, se de fato um
sistema de visualização funcionar, ele irá funcionar algumas vezes e outras
não. Também dará certo para algumas pessoas instantaneamente, e para outra
simplesmente nunca! Poderíamos até dizer que os sistemas de visualização
criativa parecem ser um sucesso, apesar de não se poder esperar deles
resultados constantes, particularmente no plano físico, onde espera-se que eles
ocorram da forma que esperamos.
Depois de muito estudo e experiência, creio estar em posição
de entender o processo de visualização criativa. Para que dê resultado, é
preciso que a pessoa o conheça bem, entenda como funciona e siga suas regras
com precisão!
Sendo um pouco mais específico, a arte da visualização
criativa, e todas as outras atividades esotéricas, envolve um trabalho
realizado em outros planos, os planos interiores, além daquele realizado neste
plano físico! E trabalho no plano interior requer conhecimento e muita prática.
Na visualização criativa, usamos todos os planos envolvidos
na nossa existência cósmica: o etérico, o astral inferior, o astral superior, o
mental e o causal. Todos esses planos têm regras e leis bem definidas, das
quais eles não se desviam.
As regras de todos esses planos deverão ser seguidas com
atenção, se você quiser que os resultados finais no plano físico sejam
satisfatórios. Mesmo quando essas leis são seguidas com atenção, de maneira
inteligente e correta, pode haver outras condições locais e cósmicas que
impeçam que essas técnicas secretas funcionem temporariamente.
As Leis Que Dirigem a
Visualização Criativa
A primeira razão de o processo de visualização criativa não
funcionar tão perfeitamente (como deveria) para o aluno médio está implícita no
título deste livro: Visualização Criativa. Uma parte do processo consiste num
procedimento chamado visualização. Mas o que é isso exatamente?
O dicionário nos dá a seguinte definição: ato de fazer ou
tornar visível, particularmente de ver ou formar uma imagem mental; a
capacidade natural de formar uma imagem mental clara na mente/memória. Essa
capacidade nem todos têm. Ela varia de pessoa para pessoa, e até mesmo entre
aqueles que a têm naturalmente.
Aqui está, portanto, uma das principais razões de o processo
mental de visualização criativa não funcionar para todas as pessoas como
deveria. É necessário que a pessoa consiga criar imagens mentais claras, e nem
todos conseguem fazer isso naturalmente. Eu mesmo não tinha essa facilidade, e
precisei trabalhar duro para desenvolver essa capacidade o suficiente para obter
resultados positivos.
No início dos meus estudos esotéricos, eu não conseguia me
aprofundar nessa arte até desenvolver os exercícios que se seguem. A prática
desses exercícios me levou a aprender a criar imagens mentais claras de coisas
físicas de que precisava ou que desejava, e lhe asseguro que, quando minhas
criações mentais passaram a ser bem definidas e claras, minha visualização
criativa começou a dar certo.
➔Para quem tem dificuldades devisualização acesse os vídeos no meu canal.
O conceito da lei é
tão sutil que decidi que a melhor maneira de ensiná-la é contar alguns casos.
Vou mostrar agora uma série de casos de pessoas que tiveram
sucesso com o trabalho de visualização criativa, e depois apontar o uso correto
da lei. Vou lhe contar a primeira história que ouvi sobre trabalho de
visualização criativa. Ela foi extraída de um livro escrito por Richard
Ingalese, que dava aulas e palestras sobre ocultismo nos Estados Unidos na
virada do século. Pelo que consta, ele morreu em Los Angeles por volta de 1930.
Ele e sua mulher escreveram alguns livros sobre estudo esotérico, que, embora
um tanto desatualizados, ainda são adequados para iniciantes nessa linha.
Num de seus livros, Ingalese, falando sobre a Lei da
Opulência, que era o nome que dava à visualização criativa, conta a história de
um jovem que vivia em Paris muitos anos atrás. Ele vinha de uma família de
catadores de lixo. Ou seja, vivia de revirar pilhas de lixo de Paris e retirar
de lá qualquer coisa que tivesse utilidade; mas pelo que conheço dos franceses
e de seus hábitos frugais, diria que sua coleta era bastante reduzida.
Esse jovem atraiu a atenção de uma pessoa versada nas
tradições secretas, que decidiu ajudá-lo.
Ela lhe deu um manuscrito, dizendo para praticar o
conhecimento ali contido. E o jovem o fez. O manuscrito continha teorias que
descreviam a arte da visualização criativa, ou como era ali chamado, a arte de
obter coisas por meio do pensamento. Depois de estudar essas teorias, o jovem
decidiu tentar praticar a grande arte (O
que se segue é importante).
O rapaz decidiu, que em sua primeira tentativa de
visualização, que o objeto de que realmente precisava era um pequeno tapete que
ele pudesse colocar ao lado da cama para proteger seus pés do chão frio quando
levantava pela manhã. Então começou a visualizar o pequeno tapete, e em pouco
tempo uma senhora lhe deu um pequeno
tapete!
Essa demonstração simples convenceu-o tanto do valor e do
poder da arte da visualização criativa que ele continuou a praticá-la para o
resto de sua vida, e ao morrer tinha muitas centenas de milhares de francos, e
dinheiro tinha valor naquele tempo!
Vejamos agora um caso que conheço pessoalmente. Há muitos
anos, morei em La Jolla, Califórnia, e costumava participar de uma reunião
semanal sobre teosofia. Como é comum em círculos teosóficos, os participantes
tinham formações diversas e ideias muito distintas sobre esoterismo.
Lembro-me de uma senhora que se dedicava ao trabalho
semi-esotérico. Ela ensinava, numa espécie de grupo WPA em San Diego, a fazer Mapas do Tesouro (que estudaremos mais
à frente) do mesmo modo que ensinam as pessoas da Unity em seu trabalho. Ela
adaptou suas ideias a esses Mapas do Tesouro, e os ensinava em suas aulas para
um grupo misto, como uma espécie de sistema próprio de visualização criativa a
um grupo misto.
As pessoas da classe, não tendo nada melhor para fazer no
momento, usaram a ideia só por brincadeira. Um dos participantes traçou um mapa
que o levasse a uma garrafa de uísque, enquanto outro fez um mapa para
encontrar uma linda mulher!
Aconteceu que pouco tempo depois alguém deu àquele homem uma
garrafa de uísque, e o outro foi apresentado a uma linda mulher! Os dois
ficaram tão assustados com esses acontecimentos que abandonaram as aulas e se
recusaram a se envolver novamente com o assunto!
Certa vez fui proprietário de uma pequena casa de cômodos,
que eu tivera muito trabalho para decorar. Mas eu fiz um mapa e decidi que
satisfaria com uma determinada renda mensal, que eu de fato estava recebendo!
Numa outra ocasião, precisava de uma furadeira portátil para
um trabalho que eu estava fazendo, mas não tinha como comprá-la. Fiz um
trabalho de visualização para conseguir a furadeira (mas sem muita esperança,
pois eu era nove nisso). Alguns dias depois, fui abordado por um bêbado que me
ofereceu a furadeira por um baixo preço. Não gostei da ideia de o homem estar
bêbado e me oferecer algo por menos que o seu valor, e recusei. Ele jogou a
furadeira no chão e se afastou, indignado! Não dava pra pedir um milagre maior
do que esse!
Não sei bem onde ouvi a história seguinte; não creio que a
tenha lido. Portanto, se eu estiver usando a história de alguém, peço desculpas
antecipadas. Uma senhora viu um lindo chapéu numa loja de departamentos e
decidiu que o queria. Não tinha o dinheiro, então decidiu obtê-lo por meio da
visualização criativa. Para conseguir a imagem correta em sua mente, entro na
loja e, deixando no balcão o chapéu que usava, colocou na cabeça o chapéu
desejado e foi até o espelho ver como ficava.
Queria ter na mente uma imagem absolutamente correta para a
visualização. Quando terminou, voltou para o balcão e, olhando em volta, não
encontrou o seu chapéu! Depois de procurar melhor, chamou a balconista, que
chamou o gerente, que descobriu que um funcionário tinha vendido seu chapéu
velho!
O gerente lhe disse que podia escolher o chapéu que quisesse
na loja; então ela saiu dali com o chapéu que havia visualizado!
Qual o detalhe mais
surpreendente dessas histórias? O que todas elas tiveram em comum? Além do fato
óbvio de que todos conseguiram o que queriam por meio de um processo de
visualização, não é o fato de que a coisa desejada estava ao alcance da pessoa?
Poderíamos dizer que todas essas coisas foram “conseguidas” por essas pessoas
dentro da sua esfera normal de disponibilidade?
➞Elas não pediram Rolls Royces,
mansões, sacolas cheias de ouro ou a lua com uma cerca em volta. O que pediram
foi um pequeno tapete, uma garrafa de uísque, uma linda mulher, uma furadeira
portátil, um chapéu. Coisas que estão aí agora.
Minha pesquisa convenceu-me
de que a principal razão das visualizações não darem certo para nós o tempo
todo, como queremos, é que nossos pedidos são fora de propósito. Ou seja, não
conseguimos o que desejamos, não porque Deus não quer, mas porque não estão na
nossa esfera de disponibilidade neste momento.
As verdades da metafísica divina são tão grandiosas, e soam
tão corretas, que os iniciantes, ouvindo ou lendo sobre elas pela primeira vez,
são tentados a desprezar a cautela e a razão e imaginar que podem fazer
milagres com facilidade, particularmente depois de ler algumas páginas de um
livro de visualização criativa.
Os alunos novos, então, começam a visualizar coisas grandes
e valiosas. Coisas que estão muito além da sua capacidade atual de
manifestação. E isso é mais verdadeiro ainda se os iniciantes tiverem apetite
para champanhe e renda para cerveja, o que não é brincadeira para quem o tem.
Para reforçar seu entendimento da Lei da Esfera da
Disponibilidade, vou voltar à história do jovem catador de lixo francês para comparar
com outra que eu vou contar.
Para reforçar seu entendimento da Lei da Esfera da
Disponibilidade, vou voltar à história do jovem catador de lixo francês para
comparar com outra que eu vou contar.
Você se lembra a primeira coisa que o jovem visualizou. Ele
não tinha nada, absolutamente nada (Neste caso, isso foi uma grande bênção).
Não tinha nenhum dinheiro com que comprar o tapete, não tinha nada.
Portanto, como não tinha nenhum recurso, foi capaz de se
decidir sobre o tapete como sendo o que mais precisava e queria, e se
concentrou na visualização criativa desse objeto. E como o tapete chegou até
ele logo, por meio do seu trabalho de visualização, ficou provado, entre outras
coisas, que o objeto desejado estava dentro da sua esfera de disponibilidade.
Outra história. A de um homem que tinha talento para dirigir grandes lojas de
departamentos. Ele sabia vender coisas e administrar com eficiência. Era
empregado de uma loja muito grande, mas não estava sendo aproveitado em toda
sua capacidade. A loja era propriedade de uma família, de modo que os postos
mais importantes eram ocupados pelos membros da família, que aproveitavam a
capacidade do nosso personagem sem lhe dar título e salário apropriados.
Nessas circunstâncias, ele não tinha a possibilidade de
alcançar a posição que desejava, não importando quanto tentasse progredir.
Então ele conheceu uma pessoa que fazia trabalho metafísico, e pediu que ela
fizesse um trabalho para ele. Por meio desse trabalho ele conseguiu uma
colocação numa das maiores lojas do mundo, onde logo chegou ao cargo mais alto.
Agora quero que você pense: esses dois casos têm algo em
comum? E, se tiver, o que é? Inicialmente, não parece haver nenhuma relação
entre eles; mas uma observação mais atenta mostra que têm uma coisa muito importante
em comum. As duas pessoas tinham o que
desejavam, ou estavam prontas para o que desejavam, ou usaram a visualização
criativa para obter algo que estava dentro da sua esfera de disponibilidade.
Por favor, leia isso várias vezes: Aquilo que os dois
desejavam e que foi visualizado (no primeiro caso visualizado por ele mesmo e
no segundo, por um profissional, mas significando a mesma coisa) estava em suas
esferas de disponibilidade.
Agora vou lhe contar
Agora talvez lhe ocorra outra pergunta: “Como o jovem conseguiu acumular uma
fortuna por meio da visualização criativa?”
Isso é muito importante. Leia o que se segue com atenção.
Como dissemos antes, essa primeira manifestação bem-sucedida encorajou-o tanto,
convencendo-o da eficiência do trabalho de visualização criativa, que ele se
propôs a praticar essa arte pelo resto da vida. O que ele fez a seguir foi
escolher outro objeto que precisava ou queria, dentro da sua Esfera de
Disponibilidade. Quando o objeto se manifestou na sua vida, ele mudou para
outro, e depois outro. Cada manifestação bem sucedida acrescentava alguma coisa
material à vida dele, e assim ampliava sua Esfera de Disponibilidade.
Embora eu tenha algumas coisas, não estou completamente
satisfeito com o que eu possuo, e quero usar esse sistema de visualização
criativa para conseguir as coisas-circunstâncias-situações posses que gostaria
de ter, ou quero ter ou acho que quero.
Por outro lado, pelo que aprendi sobre a Esfera da
Disponibilidade, sei que muitas das coisas grandes que eu gostaria de ter não
fazem parte dela neste momento. Vamos também encarar o fato de que estamos
lidando com planos de manifestação definidos, cada um dos quais com suas leis,
que devem ser obedecidas. Existe, além disso, a lei do último plano, o plano
físico da matéria, muito difícil de influenciar, de entender e de controlar.
Parece que a primeira coisa que nós, pessoas da “classe
média” (o que quer que isso seja) devemos fazer é descobrir exatamente a nossa
situação e onde estamos em relação à nossa Esfera da Disponibilidade.
Precisamos descobrir exatamente que coisas estão faltando na nossa vida e como
elas se posicionam com relação à nossa Esfera da Disponibilidade.
Nossa vida é como um grande quebra-cabeça que nós temos de
montar de uma só vez. Você precisa começar a elaborar a sua vida uma peça de
cada vez, decidindo que peça será a próxima a se encaixar no seu padrão. Você
pode sonhar com outras coisas, mas o seu primeiro trabalho de visualização deve
visar algo de que você precisa agora).
Devemos usar o bom senso e avaliar aquilo que pretendemos
conseguir por meio da visualização criativa. É preciso considerar o nosso
estágio de desenvolvimento e o da nossa Esfera da Disponibilidade. Não se
costuma exigir demais de um iniciante. Por isso, não exija demais de si mesmo
nos estágios iniciais de trabalho. Mais tarde, quando tiver conseguido algum
sucesso, você se guiará pelo desenvolvimento da sua Esfera da Disponibilidade.
O que há de errado em atingir seu objetivo em etapas, em vez de fazê-lo em um
único salto, grande e difícil? Ingalese conta a história de uma mulher que
construiu esse “centro” gradualmente. Supõe-se que ela tenha ido para São
Francisco havia muito tempo. De alguma maneira, não explicada na história, essa
mulher tornou-se perita na arte da visualização criativa e usou-a para
construir um centro de crescimento gradual. Primeiro conseguiu um emprego
visualizando-o. depois teve diversas promoções. Em seguida ela visualizou-se
fazendo um trabalho metafísico, e depois disso visualizou-se recebendo compensação
pelo seu empenho em fazer trabalho pelos outros, e alguém lhe deu uma grande
soma em dinheiro como gratidão por um trabalho feito, etc.
Admito que essa história não segue o padrão estabelecido por
muitos outros mestres, mas me parece que esse sistema de crescimento gradual é
muito mais sensato do que fazer um monte de visualizações genéricas sem nenhuma
ideia definida e sem saber se a coisa desejada está na sua Esfera da
Disponibilidade ou não.
✘ Também admito que você não
deveria, por exemplo, concentrar pensamentos numa pessoa com a ideia de
forçá-la a lhe dar dinheiro. Nem parece sensato concentrar-se para conseguir
coisas que pertencem aos outros. Você também não deveria visualizar a morte do
seu tio rico para ficar com o dinheiro dele, etc. Acredito realmente que era
nesse tipo de coisa que os outros mestres estavam pensando quando diziam que
não se devesse determinar de onde os objetos visualizados devem vir.
Pareceria tolice hoje em dia determinar de onde deve vir
aquilo que desejamos, pois existem tantas maneiras de se conseguir as coisas e
outras mais surgem a cada dia. Seria tolice desejar aquilo que pertence a outra
pessoa. Não existe nada que não possa ser melhorado: por que você deveria
querer o carro de alguém, quando um modelo novo seria melhor?
Portanto, eu não vejo nada de errado em construir um “centro
de abastecimento”, segundo métodos aprovados de visualização, desde que se
deixe os canais abertos de modo que os objetos possam deslocar-se para esse
centro, vindos de onde quer que seja. Sugiro que você não se imagine
conseguindo as coisas por meio de trabalho, pois poderá vir a trabalhar mais do
que gostaria. O ato mental de visualizar é uma operação mágica verdadeira.
Operações mágicas verdadeiras são coisas não muito bem conhecidas e entendidas.
Aprendi-as com meu próprio trabalho, e, após anos de empenho, meditação e
estudo, posso distribuí-las graciosamente, porque não tenho compromisso com
ninguém. Portanto, posso lhe dar conhecimento e ensinamentos secretos. Por
favor, use-os.
Então até o momento, o que você tem de fazer para o seu
trabalho de visualização criativa dar certo? Primeiro descobrir exatamente que
objeto, coisa ou circunstâncias, você quer produzir ou adquirir por meio das
práticas de visualização criativa.
Isso decidido, faça uma descrição detalhada por escrito do
objeto ou circunstância, e declare expressamente que isso é tudo o que você
quer conseguir por enquanto. Delimite o alvo de seu trabalho de visualização
assim como delimitou suas etapas iniciais.
Como exemplo, suponhamos que você esteja pretendendo
conseguir um tapete como o coletor de lixo de Paris. Você teria que escrever no
seu papel exatamente como o que quer e para quê. Pode também acrescentar uma
descrição de como espera que o tapete seja usado e como espera que ele se
“sinta” em uso (esta parte é importante; falaremos mais sobre isso no final).
Agora conclua o que escreveu fazendo uma declaração como: “E com o objetivo de
limitar os efeitos desta operação, declaro aqui que o único resultado físico desejado
é este pequeno tapete, com o qual espero conseguir profunda satisfação!”
É imperativo, em
todos os trabalhos mágicos e em todos os tipos de trabalho, que você reconheça
a existência do outro lado da força que está invocando. Lembre-se, quando você
evoca uma força, atrai seus dois lados de uma vez e ao mesmo tempo, e os dois
têm poder igual. É a falta de conhecimento desse fato “secreto” que causa tanto
problema nos trabalhos mágicos de alguns pretensos magos. Ou sua operação
mágica funciona além da conta ou simplesmente não funciona.
Portanto,
quando quiser usar uma força para realizar um certo tipo de trabalho, deve usar
o “lado” da força que favorecerá o que você quer fazer,
seja isso algo construtivo ou destrutivo, e conter o outro lado da força que estiver usando para que ele
não atue na operação que você está realizando!
Se o trabalho de visualização que estiver pretendendo fazer não envolver um afastamento excessivo do seu ambiente e se a sua esfera da disponibilidade estiver pronta para suprir o que você estiver procurando, o fato de estabelecer um limite sensato para suas operações será suficiente. Mas, se você estiver visualizando algo realmente grande, ou estiver tentando um trabalho realmente mágico, será absolutamente necessário conter a força dual oposta. Sugiro que você restrinja ao tipo de operações especializadas que lhe introduzi até agora; dê um passo de cada vez e consiga gradualmente o que quer. Eu posso lhe dizer com sinceridade que se você conseguir uma coisa grande por meio desses métodos de visualização criativa, a menos que se proteja contendo a força oposta, estará sujeito a perdê-la novamente. Consiga tudo o que quer com os métodos graduais, cuidadosos e bem planejados que lhe ensinei, dando um passo de cada vez, e assim você conservará o que conseguiu, conseguirá ainda mais e saberá usar tudo da maneira correta. Ganhar uma coisa por meio da visualização criativa (não tão grande a ponto de causar o deslocamento citado acima) e começar a usá-la imediatamente é outra forma de conter a força oposta.
A Lei da Barreira
Nesta sessão vou lhe apresentar um
novo conceito: a lei que rege a arte da visualização criativa. Nunca
encontrei essa lei da forma como vou apresentá-la. Chamei essa sétima lei da
visualização criativa de A Lei da Barreira. Depois
de conhecê-la, você poderá usar a arte da visualização criativa de
maneira um pouco mais eficiente.
Na are da visualização criativa existe muita confusão com relação ao uso de palavras em contraposição a símbolos e figuras. Parece que existem duas escolas de pensamento quanto ao uso de palavras versus símbolos e imagens, e nenhuma delas parece ter um conhecimento conclusivo.
Nos últimos trinta anos de estudo esotérico, conheci primeiro uma escola
de pensamento e depois a outra. Elas pareciam vir em ciclos. Primeiro
vinham escolas e livros que tratavam de palavras, mantras, cânticos, etc.
Depois escolas que se dedicavam a visualizações mentais, imagens,
etc. Certamente você já ouviu falar em Coué e seu “Todos os dias, sob
todos os aspectos, sinto-me cada vez melhor”. Ou melhor, “A cada dia, de
todas as semanas, sinto-me cada vez melhor”. Você também já deve ter
ouvido falar dos mantras orientais. Cânticos e contos de fadas estão cheios de
palavras como en-canta-mento (en=em, canta=cantar, mento=estado de) e
in-vocação (in=em, vocar=voz falando). Todas essas coisas dizem respeito
às palavras-sons. Parece que os “estados” têm de ser obtidos por meio de
palavras, e as “coisas” por meio de imagens mentais. Talvez pudéssemos dizer que
o Oriente está interessado em “estados”, enquanto o Ocidente
está interessado em “coisas”. Portanto, presumo que a escolha seja
sua. Se quiser “coisas” siga as instruções dadas até agora, se quiser
“estados” siga a orientação oriental, ou desenvolva seu próprio sistema com as
informações que obteve neste artigo.
Assim, a fala humana, devido à sua invenção recente, não faz parte
da profundeza do nosso ser, da nossa mente inconsciente interior, mas apenas da
nossa mente consciente exterior (Você sabe, pelo que estudou, que temos duas
mentes, uma interior e outra exterior: a exterior é chamada de mente
consciente, a interior, de mente subconsciente).
A existência dessas duas mentes em você é que causa todos os problemas
do mundo. Ou, talvez eu deva dizer que a separação dessas duas mentes causa
todos os problemas do mundo para você
(Para os que estiverem “prontos” para coisas “mais elevadas”, vou dar
uma dica importante quanto ao que iluminação realmente é: tornar-se um Mestre,
tornar-se um Adepto, TORNAR-SE COMO UM DEUS, significa fazer as duas mentes se
fundirem em uma só! Explicação suficiente!)
Observe com cuidado o seguinte: as palavras (a fala) são a linguagem da
mente consciente, enquanto os sentimentos são a linguagem da mente
subconsciente.
Repito: todos os problemas que temos no mundo, que nos impedem de viver
esta vida material de maneira bem-sucedida e plena, vêm dos problemas de
comunicação entre essas duas mentes; da nossa ineficiência em fazer com que
essas duas mentes dialoguem, em fazer com que as ideias e comandos sejam
transmitidos! O consciente tem de aprender a falar com o inconsciente! Na maior
parte da nossa vida raramente chegamos a dizer a nós mesmos qual o nosso
verdadeiro objetivo! Mas precisamos fazer isso.
Neste ponto, vou revelar dois grandes segredos, segredos que você nunca
saberia exceto por meio de alguma sociedade secreta e somente sob solenes votos
de completo sigilo. Além disso, nunca poderia usá-los em benefício próprio ou
contá-los aos outros para que eles também possam usá-los.
Use esses segredos em proveito próprio, e depois revele-os a outras
pessoas.
→Primeiro grande segredo! Seu eu interior está ligado quase diretamente
com as forças interiores do cosmo físico!!!
→E o segundo grande segredo! As forças interiores do cosmo físico são as
emoções, os sentimentos de Deus!
A palavra emoção significa movimentação (algo se movimentando). Os
movimentos dos planos interiores são vibrações de tipos e formas diferentes.
Assim que elas entram em contato com a sua subconsciência do plano interior,
tornam-se “visíveis” para você, manifestando-se como emoções!
E o inverso, muito mais importante, também é verdadeiro: suas
emoções subconscientes, geradas por você, se expandem e entram em contato com
as forças dos planos interiores e as influencias para seu benefício!
Agora, com essa explicação imperfeita e incompleta do fundamento básico
dessa arte da visualização criativa, podemos continuar. A razão de eu usar as
palavras “imperfeita e incompleta” é que a modéstia me impede de proclamar,
como outros o fazem, que eu dei a você a verdade completa e a total verdade do
ser. Tudo o que lhe dei é conhecimento, teoria o suficiente para permitir que
você prossiga com seu trabalho nessa arte.
A arte da visualização criativa seria uma questão extremamente simples
se pudéssemos trazer à existência física, simplesmente falando, tudo o que
imaginam. Mas isso nós não conseguimos fazer.
Você poderia passar uma vida inteira falando sobre o que quer que seja,
e mesmo assim nem uma palavra chegar à sua submente. Ao falar, as palavras
devem estar ligadas a sentimentos e emoções.
Só assim a coisa funciona. No entanto, não podemos pensar, ou mesmo nos
comunicar no plano físico sem o uso de palavras, e é por meio das palavras que
o exterior deve se comunicar com o interior.
Você deve se lembrar de uma senhora da história que contei aqui em La
Jolla que ensinava esse sistema do Mapa do Tesouro. Um de seus alunos elaborou
um mapa para uma linda mulher e o outro para uma garrafa de uísque, e ambos
conseguiram o que queriam, o que os deixou apavorados (Esses alunos foram muito
mais sensatos do que aqueles que pedem a lua com uma cerca em volta, na
primeira vez que usam uma técnica de visualização criativa).
A técnica de preparar e usar um mapa do tesouro é
basicamente muito simples. A primeira coisa a fazer é arrumar uma grande folha
de papel ou papelão, ou alguma outra superfície grande onde possa pregar
coisas, digamos de 35 x 35 cm ou mais. A “superfície” do seu mapa deve ser
conservada no lugar mais privado possível. Não deverá ser mantida onde outras
pessoas possam acessá-la livremente; e você deve mostrá-la muito
ocasionalmente, se vier a mostrá-la, e mesmo assim só para pessoas que tenham
completa identificação com seus objetivos na vida. O marido e esposa poderão
fazer um mapa juntos para benefício mútuo, mas essa é praticamente a única
exceção a essa regra de sigilo. Portanto, faça do seu mapa um segredo.
Depois de escolher a superfície do mapa e montá-la longe dos olhares
curiosos, a primeira coisa a fazer é traçar uma linha limítrofe ao longo das
bordas do mapa. Por que? Para invocar a Lei da Limitação, naturalmente.
Ao colocar uma linha limítrofe no seu mapa você irá limitar o alcance das
suas operações e estabelecerá uma fronteira entre as figuras que você colocou
no mapa para representar seus desejos. Lembre-se de que suas figuras de desejo
estão ligadas aos objetos físicos reais nos planos interiores, e essa ligação é
a razão básica para o seu mapa dar resultado, e pode ser usado para fazer você
conseguir as coisas que deseja.
Depois de terminados esses preparativos, você pode começar a procurar
imagens que representam os seus desejos e o material para colocar no mapa. O
que você deve procurar, seja onde for, são figuras que personifiquem seus
desejos.
O que eu quero enfatizar aqui agora é que a busca e a pesquisa que você
faz para encontrar a representação do objeto de seus desejos ajudam imensamente
a influenciar sua submente a estimular as forças dos planos interiores a
trabalhar a fim de realizar esses desejos. Quando
encontrar uma figura ou ilustração que lhe transmita uma emoção, recorte-a e
pregue no seu mapa com fita adesiva. Use a sua
personalidade-imaginação-desejos-ideias-emoções, e tudo o que existe
basicamente em você, para fazer o seu mapa.
Escolha as figuras das coisas que deseja e coloque-as no mapa
adequadamente. Lembre-se da Esfera da Disponibilidade.
Pensar nas melhores coisas do mundo não irá prejudicá-lo desde que você
veja essas coisas da perspectiva correta. Chame essa sessão de cantinho do
sonho ou da idealização, ou algo assim, desde que você entenda o que é.
Lembre-se de que você pode ter todas essas coisas, por mais sofisticadas
que sejam, mas têm que vir por meio das leis do plano físico, geralmente em
troca de dinheiro. Uma coisa é certa: elas têm de vir para você por meio
da expansão da esfera da Disponibilidade; portanto, você tem de dar a essa
esfera um tempo para se expandir, para acumular.
Observei que cada pessoa monta esse mapa de um modo diferente; por isso dei a
você a liberdade para montá-lo de acordo com a sua personalidade. A ideia
principal é procurar figuras de objetos que deseja. A busca dessas figuras
estimula o seu eu interior a agir; o fato de rever com frequência essas figuras
reforça e acelera as atividades dos planos interiores para que lhe tragam as
coisas que você quer.
Atenção ☞ monte o eu quadro dos sonhos e faça as
visualizações dos vídeos disponibilizados no meu canal, as imagens contidas
nele ajudam a dar impulso e os áudios subliminares tem muita potência na
concretização dos desejos.
A Lei da E-Moção
Afirma-se que Jesus teria dito: “O que quer que você queira, acredite
que já o tem, e você o terá”. Tenha fé em Deus. Digo-lhe isto: se alguém disser
a esta montanha, “Ergue-te e lança-te ao mar” e não tiver dúvidas no coração,
mas acreditar que o que diz vai acontecer, assim lhe acontecerá. Por isso lhes
digo que tudo quanto pedirem em oração, acreditem que receberam e assim será
(Marcos 11:23). Naturalmente essas orientações estão muito simplificadas e são
dirigidas a pessoas capazes de lidar com as leis da visualização criativa
naturalmente. Agora você já sabe, com seu estudo, que existem muitos outros
fatores e leis que precisam ser levados em consideração para se fazer a
visualização criativa dar resultado. E, ao conhecê-los, você poderá utilizá-los
apropriadamente e conseguir que todos colaborem em seu favor.
Então, como fazer para usar a Lei da Técnica da E-Moção na íntegra?
(Essa explicação deveria estar na sessão prática, mas vou incluir parte dela
aqui e aprofundá-la depois) Podemos voltar ao caso do jovem coletor de lixo de
Paris, pois sua história é a mais simples para ilustrar o princípio, que é o
mesmo em todos os casos. Você se lembra que a primeira visualização dele foi
para conseguir um pequeno tapete que protegesse seus pés nus quando saísse da
cama pela manhã? Ele conhecia a sensação do chão frio; portanto, não tinha que
imaginar (ou visualizar) ESSA sensação. Assim, o uso da lei da e-moção como
aplicada a esse coletor deixando de lado todas as outras leis, consistia do
jovem sentir seus pés já protegidos pelo tapete, e deixar essa sensação gerar a
sensação-emoção de prazer e satisfação. Vou repetir: a sensação de prazer do
desejo satisfeito gera a emoção de felicidade e satisfação!
Mas há mais um detalhe nesse trabalho de E-Moção. Vamos considerar outro
tipo de emoção com que estamos familiarizados: a emoção chamada desejo. Um
pretenso mestre ocultista me disse uma vez que essa palavra desejo (em inglês,
desire, de=de, sire=Pai) significa “do pai”. Isso não é verdade em termos
etimológicos, como uma olhada no dicionário irá mostrar, mas a ideia não é de
todo ruim.
O argumento que se usa é o de que todos os desejos são básicos, todos
derivam de uma causa básica, que pode ser relacionada com uma ideia central de
Divindade. Para levar essa ideia mais adiante podemos dizer que a Divindade
básica deseja o bem de todos, inspira o desejo em todos os seres para fazer com
que procuremos alcançar essa coisa boa que a Divindade já criou para todos.
Com certeza, sem desejo ninguém faria nada.
Espero que você consiga ver que o desejo é uma emoção bem-vinda, que
deve ser cultivada, desenvolvida e praticada.
Naturalmente, a melhor forma de praticar o desejo é relacioná-lo com
algo que você queira. Você tem ideias o tempo todo sobre coisas e
circunstâncias que quer que aconteçam. E é isso que você está estudando agora.
Use o Mapa do Tesouro o máximo que puder. Encha-o com figuras de coisas que
deseja e deleite seus olhos com elas. Tudo colabora. O céu é o limite. Não
desista. Tenha consciência de que pode conseguir tudo o que é
importante para você: um bom emprego, um carro novo, saúde, boas notas, ideias
criativas, qualquer coisa realmente queira. Você é responsável por você;
portanto, deve decidir o que quer.
A Lei da Inversão dos Planos
Esta Lei da Inversão tem certa importância; por isso você precisa
saber algo sobre ela. Na prática, ela pode fazer pouco mais do que deixá-lo
perplexo à medida que você atravessa os planos, se estiver observando os
efeitos da inversão por meio da clarividência. Você pode ter lampejos disso
enquanto estiver seguindo outras orientações dadas neste livro.
No caso de você realmente ter um lampejo clarividente, e notar um
nome ou cartaz colocado em algum lugar, irá observar que as palavras estão
invertidas, como num espelho. Essa é praticamente a única vez que você irá
perceber a inversão, pois nem sempre a cena é tão clara. Uma rua invertida, por
exemplo, parece muito com uma rua comum, e é necessário certa atenção para
observar que ela está invertida. Esse tipo de exame detalhado geralmente não é
possível numa cena de sonho.
Nesse lampejo clarividente você poderá estar “passando” por um plano, e
no “momento” (existe tempo real ali) em que parar para ver por que o cartaz
está invertido, terá passado desse plano, e no plano seguinte as palavras
estarão certas outra vez.
A razão disso é a seguinte: em relação ao nosso plano, o próximo plano
interior é o inverso deste! E o plano seguinte, o inverso daquele! E assim
sucessivamente, em todo o cosmo físico. Ou dizendo de maneira mais simples,
cada plano interior é o avesso do outro. O que aqui está vindo, lá está indo!
Eis um exemplo bem simples, de certa maneira simples até demais. Procure
entendê-lo bem.
Digamos, por exemplo, que no nosso plano físico estamos planejando fazer
um piquenique. Então, iríamos fazer as coisas numa determinada sequência:
planejamos o piquenique, compramos a comida, preparamos a comida, embrulhamos a
comida, colocamos a comida numa cesta, nos deslocamos até o local combinado,
nos divertimos o dia todo, comemos a comida, e depois voltamos para casa.
Atenção ☞ toda vez que você visualizar o seu
quadro dos sonhos, na última visualização veja o de cabeça para baixo, assim
deve ser com os vídeos de visualizações postados por mim no YouTube veja a
primeira vez de modo normal e a segunda e última vez de modo invertido.
A esfera da Disponibilidade
Esse conceito desvendou uma dimensão inteiramente nova do trabalho de
visualização criativa. Até então sua concepção básica era a de que qualquer
coisa daria certo se você visualizasse ou pensasse no que pretendia conseguir,
por um tempo suficiente e com a devida intensidade. Isso é verdade, mas o
processo criativo funcionava de maneira diferente de acordo com as pessoas. Às
vezes dava certo de um jeito e às vezes de outro, mas parecia funcionar de
maneira diferente dependendo do momento e da pessoa.
Às vezes a visualização criativa parecia simplesmente não funcionar.
Outras vezes, com certas pessoas, ela demora para dar resultado. Para outras
pessoas, era tudo muito rápido. Qualquer um de nós que já tentou usar esses
métodos sabe do que estou falando. E, mesmo assim, não havia a quem recorrer.
Os mestres do Pensamento Positivo que usavam essa lei consideravam uma
blasfêmia questionar seus métodos. Essa atitude tornou muito difícil conseguir
uma avaliação razoável da visualização criativa e de suas limitações, ou mesmo
elaborar algum tipo de teoria que explicasse porque ela não funcionou. Muitos
alunos achavam que os métodos de visualização criativa não davam resultado para
eles, não importava o que fizessem.
Depois que eu descobri o conceito da Esfera da Disponibilidade, consegui
sanar muitas das antigas dificuldades que os alunos tinham. A resposta simples,
não ocultista, é que as pessoas não são iguais e, obviamente, o que dá certo
para uma nem sempre dá certo com outra. Elas não são as mesmas, não são criadas
iguais. A vida e os recursos de cada um diferem de pessoa para pessoa.
Isso significa que, para ter bons resultados, cada estudante deve
abordar a visualização criativa de um modo específico. Poderíamos conseguir
resultados muito melhores com o método da visualização criativa se fôssemos
todos tão miseráveis quanto aquele coletor de lixo de Paris. Ele tinha tão
pouco que sabia exatamente o que queria: uma coisa tão insignificante quanto um
pequeno tapete! E, começando com essa necessidade específica, ele conseguiu
desenvolver, passo a passo, uma Esfera da Disponibilidade que acabou por
abarcar uma grande quantidade de bens matérias. Espero que você leia isso
várias vezes até entender completamente.
Vamos tratar agora do nosso trabalho com a visualização criativa. Como
não estamos tão pobres quanto o coletor de lixo de Paris, nosso problema é
muito maior do que o dele! O coletor conhecia exatamente a sua situação, e nós
não conhecemos exatamente a nossa. Quase todos nós temos alguma coisa. Eu já
disse antes que a maioria de nós pertence à “classe média”, embora haja muita
discussão sobre o que isso significa. Quero dizer aqui que não somos nem ricos
nem pobres, mas estamos longe de ser milionários. Se você for uma pessoa
normal, quer progredir, quer melhorar sua situação material. Para muitos de
nós, ter apenas um pouco é quase tão ruim quanto não ter nada.
Seu problema é difícil, mas não insolúvel. Usando as informações já
transmitidas, você poderá redefinir seu problema da seguinte maneira: sua
esfera da disponibilidade atual está estacionada. Você quer aumentar a sua
esfera da disponibilidade de modo que ela se amplie para incluir as coisas que
você acha necessárias para a sua felicidade e bem-estar físico.
Então, o problema redefinido agora fica assim: você precisa encontrar o
ponto exato onde e a partir do qual você vai elaborar ou organizar seu trabalho
em sua atual esfera da disponibilidade. Para começar, é isso que você tem que
fazer.
Para fazer isso, você precisa descobrir como está a sua Esfera da
Disponibilidade. Você precisa examiná-la de maneira realista, e não se deixar
enganar com uma avaliação otimista ou fantasiosa demais. Você terá de começar
com sua atual esfera da disponibilidade e fazê-la aumentar até o ponto em que
ela possa abarcar todas as coisas que você quer.
Antes de poder iniciar esse trabalho, há duas coisas que você precisa
saber e fazer, você precisa ter uma ideia exata do que quer fazer no futuro.
Precisa saber o quer que aconteça na sua vida até o fim dos seus dias, pelo
menos de maneira geral, se não puder ser exato. Tente colocar isso no papel da
melhor maneira possível.
Agora que você já registrou seu objetivo, ao olhar para ele tem de
entender que aquilo que você quer tem de vir por meio da sua Esfera da
Disponibilidade. Dê-lhe então, uma boa olhada, para avalia-la bem.
Seu trabalho agora se torna tão pessoal que não é possível orientá-lo
daqui para frente. É por meio da sua própria avaliação que você terá ideia da
situação. Posso dar-lhe alguns exemplos. Digamos que sua avaliação o convenceu
de que, no futuro imediato, seu atual emprego corresponda à sua Esfera da Disponibilidade.
Obviamente, para que você consiga tudo o que quer na vida, sua Esfera da
Disponibilidade tem que ser ampliada. Faça um exame aprofundado do seu emprego
atual. Sei que é uma coisa banal para se dizer, mas você está fazendo seu
serviço direito? Está se esforçando realmente o máximo que pode? Supondo que
você decidiu, por exemplo, que seu emprego corresponde à sua atual Esfera da
Disponibilidade, então para conseguir um emprego melhor vai precisar ampliá-la.
Como eu disse, seu trabalho a partir desse ponto é tão pessoal que eu não posso
mais orientá-lo além desse ponto.
Como se proteger desse efeito de inversão devido à natureza dualista de
todas as forças? Em seu trabalho de visualização criativa deverá ser suficiente
se, com a consciência dessa duplicidade, você acrescentar, ao escrever sua
afirmação, algo assim: “Também quero que, ao alcançar o objetivo deste trabalho
específico de visualização criativa, nenhuma inversão ocorra, mas que a força
oposta à força que estou invocando seja desativada, para que possua este objeto
enquanto puder usá-lo com proveito e em meu benefício”. Você também poderia
fazer uma declaração do tipo: “Vou ser proprietário deste objeto até que possa
ser substituído por um melhor, etc”. Na prática, qualquer afirmação desse tipo
servirá para conter a força contrária.
Você poderá usar uma afirmação desse tipo desde que faça isso com bom
senso e sinceridade. O problema não é fracassar na tentativa de conter a força
contrária, mas ignorar a reação das forças dualistas ou o fato de que as forças
têm dois lados.
Um dos casos mais reveladores que ouvi com relação à ignorância dessa
natureza dualista das forças é o caso da Sra. Eddy, fundadora da Igreja da
Ciência Cristã, a quem todo adepto da metafísica deve ser agradecido pelo seu trabalho
pioneiro nessa área. Dizem que durante seus últimos anos de vida ela sofreu de
estranhos ataques noturnos, durante os quais sofria uma profunda angústia.
Ninguém conseguiu encontrar a verdadeira razão desses ataques. A Sra.
Eddy se referia a eles como Magnetismo Animal Maligno. Tenho certeza que esses
estranhos ataques eram provocados pelo “outro” lado das forças que ela invocava
e ensinava os outros a invocar, sem contê-lo. Tudo mostra que isso é verdade. O
magnetismo animal maligno poderia ter sido o lado oposto da força chamada amor
divino, que ela tanto invocava. Não estou querendo desrespeitar a Sra. Eddy e
nem iniciar uma polêmica. Tenho por ela grande respeito e dou-lhe pleno crédito
pelo grande trabalho que realizou.
A Lei da Barreira
Palavras e emoções são instrumentos que usamos no trabalho de
visualização criativa. Para esse trabalho, você precisa ter um bom sortimento
de palavras e de emoções! Porém, se você tem apenas algumas palavras à sua
disposição, não tem problema, desde que essas palavras estejam ligadas a
emoções fortes. São as emoções fortes que fazem o trabalho nos planos
interiores, e não tanto as palavras. Sem uma forte emoção esse trabalho é
praticamente impossível. Muitas pessoas têm medo de sentir emoções fortes. No
entanto, o desejo é a força que impulsiona a vida. Sem ele não somos nada.
Muitas pessoas, quando perdem a vontade de viver, simplesmente deitam e morrem,
sem que nada possa ser feito.
Ao usar a lei seguinte, lance mão do desejo para tudo o que vale a pena.
Se sentir que seus desejos devem ser avivados, então, desde que mantenha a
consciência do que está fazendo, sonhe um pouco acordado ao pensar no seu Mapa
do Tesouro. Encontre figuras que o façam “vibrar”, brinque com essa vibração e
faça com que ela fique cada vez mais forte.
Conheço um instrutor muito bom que ensina seus alunos a imaginar toda a
cena dos acontecimentos que desejam que ocorram. Você pode usar esse recurso
com as figuras que coloca no seu Mapa do Tesouro. Organize-as de modo que elas
formem uma espécie de história. Use a imaginação para criar com elas uma
sequência de acontecimentos que levem à materialização do objeto ou das circunstancias
desejadas. Não se preocupe se as figuras não tiverem continuidade; com a
imaginação faça “pontes” entre elas. A ideia principal é estimular suas emoções
para que elas produzam um efeito no seu subconsciente.
Ao criar esses sonhos deixe-se levar pela imaginação. Faça os
personagens das figuras dizerem e fazerem o que você quer que eles digam ou
façam. Porém, é melhor não imaginar pessoas reais, que você conhece. As pessoas
reais têm a capacidade de sentir o seu trabalho e essa sensação provocará correntes
de oposição às suas propostas. Trabalhe apenas com pessoas imaginárias e com
figuras.
Assim você estará trabalhando com a representação das coisas reais,
sobre as quais poderá ter controle muito maior do que sobre pessoas e/ou coisas
reais. Essas representações são muito mais fáceis de controlar do que as coisas
físicas que representam, e muito se pode fazer ao trabalhar com elas. Portanto,
não trabalhe com pessoas reais, pois os resultados podem ser bastante
insatisfatórios; não desagradáveis, apenas insatisfatórios.
Fonte: Livro “A arte e prática da imaginação criativa”