Hoje eu falarei sobre a influência das cores no
ambiente de trabalho. Como sempre, vou começar falando sobre algo que
aconteceu comigo.
Há seis anos eu fui fazer uma entrevista de emprego com o
seguinte look: tênis, calça jeans e camiseta lilás. Bem básica. O ambiente onde
eu pretendia trabalhar exigia esse estilo, por isso me vesti o mais próximo do
uniforme que me seria concedido caso eu fosse trabalhar nesta firma.
Mas por que
eu escolhi a cor lilás? Porque ela traz tranquilidade, sossego, calma, além de estimular
a espiritualidade e a meditação. Tem efeito purificador, transforma as energias
negativas em positivas. Ótimo para a saúde e acalma o coração, a mente e os
nervos. Englobando tudo, ela dá a ilusão de confiança e numa primeira
entrevista o que eu mais precisava era que o empregador confiasse em mim. É
desnecessário dizer que de cara fui contratada.
Como a loja ainda não estava pronta para o
funcionamento, assistimos a palestras por dois dias consecutivos às quais eram
ministradas pela contratante, obviamente, usei as cores a meu favor a fim
de ser notada e, quem sabe, debitar isso em meu benefício num futuro próximo.
Nas duas palestras eu usei as seguintes cores: no
primeiro dia usei uma camiseta vermelha num tom mais fechado (vermelho bordô),
porque eu queria que ela me notasse em meio à cerca de 130 funcionários recém-contratados, e eu, é claro,
precisava me destacar no meio deles com uma cor chamativa.
No dia seguinte ,quando eu estava chegando ao espaço
onde estava sendo ministrada a palestra, eis que eu dou de cara com minha
contratante e eu, que não era boba nem nada, abri aquele sorrisão e
ela de pronto me estendeu os braços, eu mais que depressa retribui o abraço. Eu,
de fato, consegui o que eu queria em todos os momentos em que estive com ela,
nesse dia eu estava com uma camiseta na cor azul claro.
Azul: é uma cor que tem efeito calmante e tranquilizante, mas cuidado, o azul escuro transmite autoridade e poder e se
você é o contratado e não o contratante é bom não inverter o papel das cores.
Trajando a camiseta azul claro, eu consegui passar a mensagem da qual precisava.
Duas semanas se passaram e começamos a ser treinados por
subordinados e mais uma vez eu teria a oportunidade de estar com a contratante
e neste dia eu fui com uma camiseta rosa, e a cor rosa transmite confiança.
Estávamos eu e mais algumas pessoas na espera para pegarmos os uniformes que estavam em poder da contratante, quando ela me viu me
abraçou de novo, e diante de todas aquelas pessoas ela disse que durante a
ausência dela (ela tinha sido designada apenas para nos contratar e depois ela
voltaria para Belo Horizonte e só viria uma ou duas vezes no ano para
inspecionar a empresa) era para todos eles cuidarem bem de mim, pois ela tinha
um grande apreço por minha pessoa.
Quem me conhece sabe que não uso de artimanhas para
ser bajuladora de ninguém, mas confesso que uso as cores a meu favor para subir
degraus na vida, a mensagem que elas passam é muito mais forte que um simples
elogio. Em meio à concorrência este adagio se aplica muito bem: “Em terra de
cego quem tem olho é rei”.
Agora, nem só de cor é que se conquista um cargo. Veja
a história de um amigo meu com mais dois amigos dele, ambos conhecidos meu
também, em que todos os três tiveram a façanha de disputarem o mesmo emprego
numa determinada firma.
Isso ocorreu em 2006, quando uma empresa de consórcio
de moto em expansão abriu vagas para novos contratados. Sabendo disso, e que o
lugar era muito disputado, pois as comissões eram generosas, um deles teve a
seguinte e brilhante ideia: “vamos usar a roupa a nosso favor para nos
diferenciarmos dos concorrentes, então façamos assim: eu vou à entrevista às
9:00h, o outro vai às 10:30h e o outro vai às 16:00h para não darmos na cara e
caso o gerente ou contratante pergunte, ninguém aqui se conhece, nunca vi na
vida, não sei de quem se trata.”
E assim eles foram à entrevista, cada qual travestido
de terno e gravata, com direito a pasta preta de empresário, cabelo cortado e barba feita. Geralmente eles
levavam o currículo e na mesma hora já passavam pela entrevista e ficavam aguardando
uma ligação, mas com o três foi diferente, eles foram contratados na mesma
hora.
Para finalizar, o meu amigo arrematou essa: “o nosso
diferencial é que enquanto todos os demais trajavam roupa esportiva e que nada
tinha a ver com vendedores de consórcio, nós nos igualamos não aos vendedores
da loja que trajam apenas calça social e camisa branca, mas sim ao gerente, que
usava terno e gravata e assim, ele ao nos ver, viu sua própria imagem
refletida. Nós usamos a técnica rapourt e com isso o emprego estava garantido.”
Para fechar uma venda, garantir uma vaga ou ser
promovido na empresa, o estilo e uma boa educação são os dois mais importantes
trunfos que uma pessoa pode usar para subir os degraus até chegar ao topo. Pois se você não sabe, as suas roupas entregam muito dos arquétipos ativos em você. Sua roupa fala muito mais que sua boca!