O que deixa a energia densa e estagnada dentro de
casa são os objetos sem uso, quebrados, relógio parado, poeira e
desorganização.
Roupas velhas, que não serve, jogadas de qualquer jeito e
objetos de uso pessoal que já acumularam cheiro de mofo e estão amarelados pelo
tempo e pela falta de uso, devem ser descartadas.
Caso você não queira
descartar por ter uma afeição à peça, lave-a de tempos em tempos e a mantenha
dobrada e guardada em uma caixa para que a energia não venha interagir com
outras peças. Eu tenho alguns objetos de valor sentimental guardados no meu
armário, mas eles são movimentados e lavados uma vez ou outra – nós devemos movimentar
e energizar essas peças, no mínimo, duas vezes ao ano, sendo uma vez lavada e passada
e a outra deverá ir para o varal tomar sol, a fim de tirar o cheiro forte que
fica impregnado na peça.
Os objetos parados vão criando uma crosta de poeira e
limo, por isso a necessidade de ser lavado à água ou a seco.
A peça que não pode ser molhada limpe-a com uma
flanela e leve-a ao sol. É importante frisar que todo objeto precisa dessa
limpeza para que a energia não fique retida ali.
Meias sem par, com furo ou sem uso devem ser
descartadas, pois tudo aquilo que é usado para movimento e fica parado dá uma
estagnada na vida – isso vale para os sapatos também.
Objetos quebrados, mas com valor sentimental, sinto
muito em te dizer isso, mas para mim não há solução para o problema a não ser
jogá-los fora. Se você não consegue descartar, basta pensar: esse objeto vai me
acompanhar vida após a morte? Não vai, né? Então jogue fora sem dó.
Quer
uma razão? Vou te dar duas!
A primeira é que se o objeto quebrou, rasgou ou trincou, significa que foi rompido algo na sua vida, é um mal que entrou e,
que no momento em que quebrou, perdeu a força destrutiva que agia
tanto no ambiente como nos seus caminhos. A energia negativa que trabalhava até
então na sua vida foi absorvida por este objeto. Aqui vale também sobre o fato
de os objetos guardarem muitas memórias das pessoas que vivem dentro da casa, mas
este é um assunto a ser mais detalhado numa outra oportunidade.
A segunda razão é que o objeto quebrado pode ser maldito,
de modo que alguém que quer muito o seu mal lhe dá um presente. Portanto, quando
este objeto quebrar, nada de tentar restaurá-lo como os japoneses fazem – jogue
no lixo, não recoloque e nem remende essa maldição na sua vida novamente. Há
pessoas que ainda têm a sorte de colar o braço, a cabeça da imagem e dias
depois o objeto quebra novamente, mas há pessoas que continuam condicionando
sem saber essa maldição depois de fazer o remendo.
O kintsugi
ou kintsukuroi
é a arte japonesa
de reparar com ouro
objetos em cerâmica quebrados. Eu sou a favor dessa técnica só
se o objeto em questão for uma peça a ser pesquisada pelos arqueólogos, caso contrário
eu aconselho o descarte.